A palavra sustentabilidade vem sendo muito utilizada há alguns anos, ganhando notoriedade em prol do meio ambiente. Essa palavra apresenta formas de preservar a natureza, para que ela não entre em colapso.
Principalmente no setor de construção civil, a tendência é de melhoramentos na gestão de resíduos sólidos que impactam negativamente o ambiente, incentivando maior atenção para os aspectos que ajudem a controlar o uso dos recursos, tanto os naturais, como os financeiros.
Entendendo a real necessidade de subsistência do meio ambiente, disponibilizamos aqui, 5 práticas que a sua construtora pode realizar para diminuir os resíduos sólidos em um canteiro de obras.
1- Conceito de sustentabilidade como cultura aos colaboradores
Hoje, existem alguns conceitos que podem ajudar sua empresa a incorporar, enquanto cultura e práticas habituais, importantes ações de preservação do ambiente e dos gastos desnecessários, aos colaboradores.
Para isso é necessário treiná-los para que todos estejam educados e engajados na efetiva gestão dos resíduos, fazendo-os perceber as vantagens que esses conceitos trazem ao longo do desenvolvimento dos trabalhos.
Conceitos como o “3R” ou o “5S”, ajudam a reduzir significativamente os impactos ambientais:
- 3Rs – São eles: Reduzir, que exprime economizar em tudo que puder, buscando repensar nas quantidades de materiais necessários, troca de materiais que possam ser substituídos e etc; Reutilizar quer dizer perceber os materiais que possam ser reutilizados, encontrando soluções para que o resíduo não vá diretamente para o lixo; e Reciclar no seu sentido literal, buscando soluções para processar materiais que tenham outras funções de reuso.
- 5S – Conceito dos 5 sensos, vindo do Japão, tais como: Seiri (senso de utilização) que separa os materiais úteis, buscando sempre melhorar o seu uso; Seiton (senso de ordenação) que apresenta o senso de organização do ambiente, guardando cada coisa em seu devido lugar; Seisou (senso de limpeza) o qual aprende-se a evitar sujeiras e a limpá-las; Seiketsu (senso de saúde) que busca práticas saudáveis a todos os envolvidos; Shitsuke (senso de autodisciplina) quando busca o senso de responsabilidade com as tarefas.
2- Profissionais especialistas
Ainda sobre os colaboradores, hoje, uma construtora deve ter em sua equipe, um profissional especializado para atuar na área de sustentabilidade de construções civis. Estes peritos podem tornar um canteiro de obras, quase que em sua totalidade, sustentáveis e reaproveitáveis.
Esses responsáveis, geralmente engenheiros ambientais, assim como os engenheiros civis, terão um planejamento consistente para o gerenciamento dos resíduos e rejeitos, pautado em soluções, tanto estabelecidas por lei, como estabelecidas por eles mesmos, mas que são comprovadas por estudos que demonstram os benefícios.
Esta área profissional cresce a cada dia no Brasil, com conhecimentos adequados aos planos de ação na gestão de resíduos das construções civis.
3- Construção enxuta
Conceito diferente do tradicional, o qual o gerenciamento da obra visa controlar seu fluxo e ritmo, bem como monitorar as entregas de materiais no momento certo de uso, evitando desperdícios, valorizando as tarefas e cortando mão de obra ociosa. Esse procedimento ajuda também na fluidez da obra, melhorando sua produtividade.
Para saber mais sobre Construção Enxuta, acesse nosso post Lean Construction – os benefícios de uma construção enxuta.
4- Máquinas de reaproveitamento de matérias-primas
Obter maquinário próprio, ou alugado, para reutilização de produtos, ajuda a reciclá-los e reutilizá-los, ou seja, pelo menos dois fatores, daquele conceito dos 3Rs, para transformar resíduos e entulhos que possam ser reaproveitados na própria obra.
Sobras de cimentos, argamassas, concretos, madeiras, cerâmicas e muitos outros materiais podem ser reproduzidos e reaplicados, como blocos de concreto, calçamentos, contrapisos e outros.
5- Minha obra gerou resíduos, e agora?
Mas isto irá acontecer mesmo, não gerar resíduos é algo impossível, mas com conscientização, pode-se obter pelo menos 30% de redução dos custos de toda a obra com uma boa gestão. Sendo assim, cada material deve ser destinado corretamente, de forma a não prejudicar o meio ambiente.
Cada material deve passar por uma seleção, sendo identificado e separado por classes para o seu descarte correto, conforme a seguir:
- Classe A: resíduos reutilizáveis como blocos, telhas, tijolos, concretos e argamassas.
- Classe B: resíduos recicláveis para destinação à outras áreas de produção, como vidro, plástico, papel, papelão e madeira.
- Classe C: resíduos que não podem ser reciclados ou ainda não existem técnicas que permitam sua reutilização como massas corridas, massas de vidros e outros.
- Classe D: resíduos nocivos à saúde e ao meio ambiente, como solventes, óleos e tintas.